quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Violência contra os mais velhos. Uma Realidade Escondida

No cuidado com o idoso, não adianta tentar aliviar a consciência dando o melhor tratamento médico, quando se nega um carinho, uma visita ou um telefonema... É preciso fazer mais e melhor! O acompanhamento, a estimulação, o amor e a atenção oferecem ao idoso a oportunidade de ser útil a si mesmo e aos outros, de se divertir, aproveitar a vida, em suma, de viver.
É preciso mudar esta mentalidade voltada para a morte. Temos que transformá-la num maior investimento na melhoria da qualidade de vida do idoso, estimulando-lhe o prazer e a alegria em estar vivo.
A degradação da qualidade de vida dos idosos espelha as nossas falhas e a nossa fuga perante o envelhecimento. É necessário revalorizar o papel do idoso na vida social, familiar, económica e política, e criar oportunidades para que utilizem as suas capacidades em atividades que dignifiquem a sua existência. Respeitar a individualidade, não infantilizar (o idoso ele já passou por essa fase infantil, agora ele está numa fase mais madura) ,não os tratar como doentes ou incapazes, oferecer cuidados específicos para a sua faixa etária, preservar a sua independência e autonomia, ajudar a desenvolver aptidões, ter paciência com a lentificação do ritmo na realização das tarefas, trabalhar as suas perdas e os seus ganhos, promover a estimulação bio-psico-social. Isto, só é possível com o alargamento do espaço de intervenção social, o desenvolvimento de respostas especializadas e a formação continua de técnicos neste domínio .
O problema da violência contra os idosos é um problema de todos nós e não só dos idosos.

por:
Cristina Verde Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Psicanalítica na Psicronos
Ana Almeida Directora Clínica na Psicronos

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